Greve dos vigilantes: 80% dos bancos do Rio estão fechados, dizem sindicalistas.

Os vigilantes bancários do Rio de Janeiro, em greve há cerca de uma semana, organizam uma manifestação no Centro prevista para a próxima sexta, 9 de maio, a partir das 14h. O diretor da Federação dos Vigilantes, Humberto Rocha, afirmou ao SRZD que 80% das agências do estado já estão fechadas.

Os sindicalistas tentarão reunir tanto os vigilantes da capital quanto os de outras regiões do estado para a realização de uma grande passeata, com concentração na Cinelândia. Segundo Rocha, ainda não houve avanços nas negociações com as empresas de segurança.

A categoria reivindica aumento de 10% do piso salarial com 1,5% de ganho real (o piso atual é de R$ 983), vale-refeição de R$ 13 (o valor pago é de R$ 10,10) e reposição de 30% do risco de vida retirado do contracheque. Eles também protestam contra a criação de uma cláusula que instituiria o chamado "vigilante horista". A proposta das empresas, de 7% de aumento, foi rejeitada.

"Os patrões querem criar o vigilante horista na convenção coletiva, que receberiam R$ 528 para trabalhar quatro horas por dia. Com isso, eles vão demitir os vigilantes com contrato regular para substituir por dois horistas, diminuindo os encargos da classe. Querem rebaixar nosso piso para a metade", afirmou Rocha.

De acordo com o grevista, os caixas eletrônicos estão funcionando normalmente, mas a maioria das agências já está sem funcionamento tanto na capital quanto nas demais localidades do Rio. Os vigilantes dos bancos privados, que já aderiram completamente ao movimento, tentam conscientizar os funcionários dos bancos federais a se mobilizarem em igual proporção. O diretor da Federação ressaltou que os bancos que funcionam sem vigilantes serão denunciados.

"A Febraban tem que entender que somos profissionais que precisamos ser respeitados", finalizou Rocha.